Zagueiro e capitão cita a união como fator determinante para o título

Depois de desfilar em carro de bombeiros, os jogadores do Caçador Atlético Clube comemoraram o título de Divisão de Acesso do Catarinense com um churrasco no CTG do Parque das Araucárias. Foi lá que o capitão Josué conversou sobre a conquista com a reportagem deste Portal.
O zagueiro e capitão do time estava com a mesma camisa que vestia no momento em que levantou a taça de campeão no sábado “Eu amo Caçador”. Na confraternização, ele foi o único que conseguiu silenciar as comemorações quando pegou o microfone para um breve discurso.
“Todos aqui foram homens pelo comprometimento com o time e com a cidade. Formamos uma família e graças ao empenho de cada um conquistamos esse título inédito, e que certamente vai ser um divisor de águas no futebol de Caçador”, disse.

Confira a entrevista
Caçador Online: Você estava confiante na conquista quando entrou no ônibus para viajar a Jaraguá do Sul?
Josué: Sim, sempre acreditei. E depois da vitória no primeiro jogo o grupo todo ficou mais confiante, sabendo do nosso potencial.
Caçador Online: E o primeiro tempo em Jaraguá porque o time não jogou bem?
Josué: Metade do nosso time não jogou absolutamente nada no primeiro tempo. Não sei explicar, mas o importante é que na defesa fomos bem. Conseguimos segurar a pressão deles e no intervalo a conversa foi dura.
Caçador Online: Que conversa?
Josué: Eu assumi o papel de capitão e dei uma bronca geral. Sem brincadeira. Tinha que fazer algo pra motivar o grupo, caso contrário vi que iríamos perder. Na minha cabeça pensei que esse tão sonhado título poderia escapar mais uma vez.
Caçador Online: Foi o fator determinante para a mudança de postura no segundo tempo?
Josué: Foi. As alterações do Graniti também foram importantes, porque os jogadores que entraram foram perfeitos mudaram a cara da partida.
Caçador Online: Quando você se deu conta de que o CAC seria campeão?
Josué: Quando começamos a dominar o jogo no segundo tempo, com mais posse de bola. O Jaraguá sentiu e a pressão mudou de lado. Dava pra ver nos olhos deles o desespero.
Caçador Online: E aquela camiseta “Eu amo Caçador”?
Josué: É o sentimento mais verdadeiro. Estou a três anos no clube e sei do carinho que as pessoas têm por mim. Eu precisava retribuir de alguma forma e por isso mandei fazer a camiseta. O Denílson me entregou um minuto antes de levantar a taça.
Caçador Online: Fora a final, qual o momento que mais te marcou no campeonato?
Josué: Quando perdemos o primeiro jogo em casa numa atuação desastrosa. No dia seguinte eu reuni o grupo na casa do atleta e fizemos um pacto. A pressão estava sobre mim porque fui eu que indiquei os jogadores. E eles se comprometeram a honrar a camisa até o final.
Caçador Online: E a saída do Pedrinho?
Josué: Foi natural. Na segunda rodada empatamos contra o Navegantes fora de casa. Mais uma vez reuni os atletas e eles me disseram que o esquema 3x6x1 não estava legal. Chamei o Pedrinho e sugeri pra ele que colocar mais um atacante ou então tirar um zagueiro. Foi um pedido do grupo. Mas no dia seguinte ele preferiu sair.
Caçador Online: E a chegada do Graniti?
Josué: É engraçado né!? O Graniti me profissionalizou em 1997 no Figueirense. Depois voltamos a trabalhar juntos no Fraiburgo, no Videira e no Atlético Alto Vale. No dia em que ele chegou me chamou na arquibancada para uma conversa séria.
Caçador Online: Como foi essa conversa?
Josué: Ele queria saber do grupo se era bom ou não. Eu dei essa garantia a ele e assistimos ao coletivo juntos. Acho que formamos uma boa dupla (risos).
Caçador Online: Qual o direfencial do time que depois da chegada do Graniti teve 10 vitórias em 10 jogos?
Josué: O Graniti tem os méritos pela experiência no futebol e pelo conhecimento que tem de bola. Mas a união foi o fator chave para o título. Nas dificuldades que você conhece as pessoas. E o grupo mostrou a força de vontade para dar a volta por cima, sem citar um ou outro culpado. Todos se ajudaram em campo e fora dele.
Caçador Online: E para 2013 qual seu planejamento?
Josué: Quero voltar para jogar pelo CAC, se a diretoria quiser estarei aqui em 2013 para a 2ª Divisão.
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